Olá colegas!
Vi este texto na página do Brasil Escola, gostei, ele trás algumas informações interessante. Vale a pena ler.
A
escola e a família na educação da criança com deficiência
A escola que recebe
crianças com deficiências também acabam por desempenhar, dentro de suas funções
educacionais, um papel de assistência às famílias. O que por consequência
poderá trazer maiores possibilidades de êxito em resultados para os alunos.
Essa relação de
parceria entre família e escola acontece de forma primordial nas entrevistas
familiares. É importante que os integrantes da escola, sobretudo os professores
e os coordenadores pedagógicos, construam um vínculo com os membros da família
do aluno deficiente.
Tudo começa com a
importância de saber ouvir. A melhor maneira de determinar as necessidades de
desenvolvimento de uma criança nessas condições é que ela mesma e os membros
familiares digam a seus próprios modos. Dessa forma, pode-se permitir que esses
indivíduos tomem a iniciativa da palavra e dominem a maior parte das
entrevistas. Essa se torna uma ferramenta eficaz para o fornecimento de pistas
sobre a criança que também indicará se os familiares estão preocupados com o
diagnóstico ou se aceitaram a deficiência do aluno.
De acordo com a
maneira como os familiares se expressam, os profissionais da escola poderão
compreender qual será a melhor terminologia utilizada para referirem-se à criança
e à deficiência que ela apresenta. É fato que a maioria dos pais não entende o
jargão profissional. No entanto, os profissionais melhorarão as suas relações
com os familiares tratando a criança deficiente como um indivíduo, não como um
caso. Referindo-se a ela pelo nome, interessando-se em conhecer suas
capacidades, incapacidades e características individuais, em vez de tentar,
simplesmente, classificá-la, categorizá-la.
Além disso, não
podemos nos esquecer que, embora o interesse da escola seja pela criança, os
familiares devem estar emocionalmente abalados, alimentando sentimentos de
culpa e vergonha. Afugentados por estarem sujeitos a terríveis pressões sociais
e vulneráveis a críticas, suas atitudes podem estar agravando a situação do
aluno.
O desafio para os
profissionais da escola é dar tratamento à família de forma cordial,
compassiva, prestável e compreensiva, mas sem alimentar uma dependência. Ou
seja, ajudá-los a uma melhor compreensão de si mesmos, da criança e das suas
relações mútuas e, ao mesmo tempo, não assumir papel dominante, proporcionando
conselhos e assistência excessivos.
Será comum no
desenvolvimento do processo desta parceria ouvir os familiares da criança
dizerem: “por que não nos disseram isso antes?” ou “ah, se tivéssemos sabido
isso mais cedo!”. Em muitos casos, esses familiares foram informados de várias
maneiras, mas seus ouvidos não estavam abertos. Por esse motivo, a compreensão
e aceitação não podem ser forçadas. A escola poderá apenas apresentar os dados
existentes tão completa e honestamente quanto possível – e esperar que eles
sejam aceitos.
Assim, a escola deve
encarar com naturalidade a decisão dos familiares de ouvirem mais de uma
opinião sobre os resultados da criança. Muitos precisam acalentar suas dúvidas
e manter suas defesas até estarem preparados para dispensá-las. Pode-se esperar
a rejeição inicial dos resultados e de suas implicações, mas somente aos pais
caberá tomar as decisões críticas, não à escola.
Contudo, sempre que
possível, a escola deve estar acessível à família. Os familiares que não são
receptivos à realidade da criança num dado momento poderão sê-lo numa outra
ocasião. Todavia, os problemas da criança podem mudar com a idade, e o melhor
para o aluno seria que os familiares deixassem a escola com o sentimento de que
poderão voltar a ela.
Eliane
da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL
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